12 de junho de 2025

Na terça-feira (10), o programa TV MPA, em parceria com a TV Comunitária de Brasília, apresentado pelo jornalista Paulo Miranda e pelo coordenador nacional de comunicação do MPA, Valter Israel, mostrou a manifestação da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Atingidas: Para Enfrentar o Fascismo, a Crise Climática e Avançar nos Direitos, realizada na Esplanada dos Ministérios, e a visita de mil mulheres e 60 crianças à Embaixada da Palestina para prestar solidariedade ao povo palestino e denunciar o genocídio de Israel, que atinge principalmente crianças e mulheres.

Uma delegação do MPA este presente nas duas manifestações das mulheres do MAB.

Para divulgar os resultados da Jornada, os apresentadores conversaram com Alexania Rossato, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Cerca de mil mulheres marcharam na Esplanada dos Ministérios, para denunciar os efeitos devastadores de grandes empreendimentos na vida de comunidades tradicionais e periferias do país e lutar contra o PL que flexibiliza o licenciamento ambiental.  A Jornada de Lutas das Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), chegou ao fim no Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho.

Alexania Rossato explica que os objetivos da jornada nacional de luta das mulheres atingidas foram enfrentar o fascismo, a crise climática e avançar nos direitos, que são alguns dos principais desafios que elas têm hoje. “Sabemos que a violência da extrema direita voltou ao Brasil há algum tempo e ainda permanece aqui. No ano que vem, teremos novas eleições e não estamos livres desse perigo voltar ao comando do nosso país”, alerta.

Os protestos ecoaram as vozes de comunidades de todo o país, denunciando a ameaça à legislação ambiental brasileira e clamando contra o genocídio na Palestina. A jornada em Brasília teve como pauta central a defesa dos direitos dos atingidos e a resistência às violações de direitos causadas por grandes empreendimentos, como barragens e mineradoras.

Alexania Rossato atualmente mora em Porto Alegre, mas já esteve em Brasília e participou de muitas lutas no início dos anos 2000 entre as várias organizações de esquerda no DF. “Também ei por São Paulo e Rio de Janeiro, sempre na militância do movimento e agora estou há cinco anos em Porto Alegre”, relata.

“Fazemos todo esse debate com as mulheres que foram a Brasília na nossa jornada, que aconteceu de 2 a 5 de junho. Mil mulheres de 20 estados fizeram um lindo encontro para marcar nossa jornada de lutas, que começou com o 8 de março e segue até novembro, quando iremos para Belém do Pará na COP 30”, acrescenta.

“Precisamos que todos estejam cientes do perigo iminente do PL da Devastação e o que ele pode fazer com os trabalhadores, com os pobres e com a esquerda. Portanto, é nosso dever estar atentos e alertar toda a nossa militância”, alerta.

Alexania lembra que o ano de 2024 foi marcado pela grande enchente em maio, quando o MAB, o MPA, sindicatos e toda a atuação de esquerda demonstraram grande solidariedade na reconstrução do Rio Grande do Sul.

“Temos nos desafiado a organizar também os atingidos pela crise climática”, com todas as mulheres debatendo este tema e contamos com as presenças de diversos ministros e ministras, além de reuniões com o ministro Paulo Teixeira, cuja pasta detém nossos principais pontos de reivindicações, que é o Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

A visita à Embaixada da Palestina encerrou a jornada com chave de ouro. Elas foram recebidas pelo ministro conselheiros e chefe da Missão, Ahmed Alasaad, e prestaram solidariedade ao povo palestino e protestaram contra o genocídio do estado nazisionista de Israel.

O ato foi transmitido com exclusividade pela TV Comunitária de Brasília por meio da sua página facebook e integrou o conteúdo do programa TV MPA.

As cerca de 60 crianças do MAB leram um minimanifesto pelo qual denuncia o genocídio de Israel na Faixa de Gaza, que já matou mais de 52 mil palestinos, sendo 30 mil crianças e mulheres, e feriu 150 mil desde 7 de outubro de 2023, deixou mais de 12 mil palestinos soterrados entre os escombros, destruiu 100% dos hospitais e escolas e 60% da infraestrutura do país, e agora promove um holocausto do povo palestino por meio da fome.

Assista o TV MPA completo aqui: